12.10.07

A cada segundo de nossas vidas?

Importa o que e como sentes
Importa a ti e só a ti
Importa se sentes te preencher
Importa, não importa.
Há todo um infinito por sentir
Toda uma viagem a reparar.
Sim, porque insistimos
Pela obliviedade em relação
À miríade de opções bandejadas
Mesmo em frente aos nossos olhos,
A cada segundo de nossas vidas?
E todas essas horas num mesmo relógio
Não esgotam todo o tempo disponível,
Mesmo o Universo sendo um tremendo
Construtor insaciável de relógios.
Crio o Uninverso como placebo
Comparo isto tudo com o grande nada,
Mesmo aí na periferia do meu saber
Volto à origem, ao que conheço,
Volto a esta folha, este texto,

Importa o que exportas,
Contando que te importes.