28.2.07

A Sangue

Do doce pranto ficou o espanto,
Do cheiro na sala a cortina ao vento,
“Torturar é o maior acto de cobardia”,
Estava escrito na parede branca.
Escorre sangue nas veias do mundo
E a luz viaja não sei quantos por segundo,
E o tempo passa nos momentos de silêncio,
E a criança brinca aos poetas,
E todo o ano há flores, natal e medo
E o tapete vermelho à frente dos nossos pés,
E os que vêm substituir os que vão,
E os sorrisos daqueles que choram,
Nada disto importa em frente,
Da parede branca.